Cinco meses depois, Jorge Frederico permanece à espera de uma vaga na Assembleia Legislativa; no mais parece pura especulação

28/02/2012 17h32

Divulgação

Vereador e suplente de Deputado Estadual Jorge Frederico

OUTUBRO/2011 - Após uma secreta negociação com a base governista o vereador e suplente de deputado estadual Jorge Frederico, então PMDB, resolveu aderir à causa do novo governo e migrou para o PSD, de Kátia Abreu e César Halum.

A mudança foi fruto de um amplo acordo e negociações  que dariam a Jorge Frederico uma projeção no cenário político estadual e uma imediata, acredita-se, vaga de deputado na Assembleia Legislativa. Tudo foi acordado com o homem mais forte no governo, Eduardo Siqueira Campos.

Cinco meses depois, sobressaem apenas especulações na mídia e os longos passos percorridos pelo vereador na direção Araguaína-Palmas em busca de solução para esse imbróglio.

Desculpas para que Jorge não assumisse

Tudo, até então, parece ter conspirado contrário ao que era esperado por Jorge Frederico. A começar pelos primeiros dias como base governista quando travou um embate em torno da primeira suplência que fora declarada vaga pela mesa diretora da Assembleia Legislativa. Do outro lado, estava o então segundo suplente Ricardo Ayres (PMDB) que já se preparava para continuar na Assembleia no lugar da deputada Josi Nunes que estava prestes a assumir a Secretária de Assuntos Extraordinários na prefeitura de Palmas, criada apenas para esta finalidade.

A disputa tornou instável a situação para ambos os lados. Josi Nunes, no medo de que a jogada não desse certo, recuou e deixou Ayres a ver navios. Jorge Frederico, após recorrer ao Tribunal de Justiça, conseguiu de volta a primeira suplência de deputado, mas não assumiu por ser final de ano e recesso parlamentar. Assim, Siqueira Campos respirou aliviado já que teria mais tempo para manter Jorge Frederico fora do cenário.

De volta do recesso parlamentar, e com a situação judicial resolvida, nada mais poderia impedir com que o suplente de deputado assumisse a prometida e tão sonhada vaga na Assembleia.

Prestes a iniciar o mês de março, a imprensa começou uma nova fase em torno das especulações sobre a saída de um deputado para dá lugar ao vereador. Antes disso, outros deputados foram cogitados para ausentar-se da Assembleia, como é o caso de Sandoval Cardoso. Não passou de mera especulação. Um jornal de circulação estadual deu inclusive prazo para que Jorge Frederico assumisse a vaga de deputado, ainda no ano passado.

Agora, o alvo das especulações é o deputado Eduardo do Dertins (PPS) que, antes de aumentarem, já negou ter recebido qualquer convite do governador para assumir uma pasta no executivo. Caso saísse, seria a vez de Frederico. Lembre-se que este deputado pertence ao mesmo partido de um dos maiores críticos do governo Siqueira Campos, o parlamentar Sargento Aragão (PPS). Portanto, a probabilidade de uma união é bastante rara, mas não impossível. E, nesse contexto, as expectativas de Jorge sobrevivem apenas nas especulações da imprensa que cotidianamente busca pautas interessantes.

Pré-candidato a prefeito 

O vereador vinha num bom momento enquanto oposição sendo inclusive um dos melhores nomes dentro do PMDB para concorrer à prefeitura de Araguaína. Enquanto oposição criticava a atuação governista e cobrava atenção do executivo para nossa cidade. Já na situação, seu nome esfriou nos bastidores da eleição para o executivo e, o PSD, seu atual partido, não vem mantendo um posicionamento firme no sentido de garantir-lhe uma candidatura a prefeito de Araguaína.

É certo que, com essa demora, o terreno sobre os pés de Jorge Frederico vai se tornando mais incerto e inseguro onde qualquer descuido pode resultar em um fracasso eleitoral.