RUSSOS CONTRA A PAZ


RUSSIA - 18/01/2012 12h09 - Atualizado em 18/01/2012 12h09
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Rússia diz que não vai autorizar intervenção militar na Síria

Moscou defende uma solução negociada do conflito entre o regime de Bashar al-Assad e seus opositores

REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA EFE
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Sergey Lavrov (Foto: AP)
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, reafirmou nesta quarta-feira (18) que seu país vai se opor à intervenção militar na Síria e defende uma solução negociada para o conflito. "Se alguém tiver a intenção de usar a força a qualquer preço – ouvi pedidos para o envio de tropas árabes à Síria – dificilmente poderemos impedir, mas não receberá nenhuma ordem do Conselho de Segurança", disse Lavrov. O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu na terça para discutir maneiras de lidar com a violência e a falta de cooperação do regime do presidente Bashar al-Saad em colocar fim à repressão contra seus opositores. 
Segundo o ministro, a Rússia e a China concordam que a resolução sobre a Síria deve contemplar a não intervenção da ONU nos assuntos internos sírios, além do veto expresso de que o documento seja empregado como aval para o uso da força contra esse país. "Para nós tudo está muito claro: não apoiaremos nenhuma medida, porque as sanções unilaterais foram impostas sem consultar a Rússia e a China", afirmou.
A exigência de russos e chineses se deve ao fato de os dois países terem considerada absurda a intervenção militar na Líbia. Na época, os dois governos acusaram Estados Unidos, Reino Unido e França de interpretarem a resolução da ONU que determinava a proteção de civis líbios de tal forma que o documento permitia a intervenção. Para a Rússia e a China, não era este o caso.
No próximo sábado, a Liga Árabe também vai se reunir para tentar evitar uma guerra civil em território sírio. O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, afirmou que “todas as ideias” serão discutidas, inclusive a intervenção militar. O primeiro líder a manifestar apoio a está posição foi o emir do Catar, Sheikh Hamad bin Khalifa Al-Thani, o mesmo que comandou o apoio árabe à intervenção na Líbia e cujo país está cada vez mais buscando um papel protagonista no Oriente Médio. 
A reunião será feita no Cairo, onde fica a sede da Liga Árabe. Lavrov disse ainda que a Rússia também está disposta a receber a recebê-la. "Se para alguém for complicada essa reunião no Cairo, nós estamos dispostos a receber em nosso território todas as partes sírias e, sem nenhum tipo de intromissão, criar as condições para que comecem a chegar a um acordo", disse. 
O levante na Síria teve início em meio aos protestos da Primavera Árabe, que derrubaram os ditadores da Tunísia e do Egito e que atingiram diversos outros países da região. De acordo com a Organização das Nações Unidas, pelo menos 5 mil pessoas morreram desde o início das manifestações. Nesta semana, a missão dos Estados Unidos na ONU afirmou que 400 pessoas morreram desde que os observadores da Liga Árabe chegaram à Síria, uma mostra das dificuldades que a missão encontra para ter sucesso.

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